Amigos,
Uma das dificuldades que encontramos durante as viagens é manter em dia o site com fotos e informações, pois nem sempre temos tempo suficiente para isto, como também as vezes não temos internet disponível, ou tão lentas que absorvem muito de nosso tempo.
Assim, somos obrigados a eleger algumas e imprescindíveis prioridades para que tudo saiam bem e a tempo certo.
Foi o que ocorreu nesta viagem, inclusive com uma pequena pane no computador, que eu chamo de vingança dos seres inanimados.
Mas vamos lá: Toda viagem transcorreu muito bem, sem problemas e dentro do que haviamos planejado.
As condições meteorológicas variaram desde muito sol e calor na faixa dos 39 graus, ao frio extremo de 3 graus na Cordilheira quando de nosso retorno.
As chuvas, como não poderia deixar de ser, se fizeram presentes. Em algumas ocasiões amenas mas persistentes, como também em outras, de muito grande intensidade, como a que pegamos em Corrientes, deixando a pista alagada, com as trovoadas estourando em nossos tímpanos e os raios riscando nossos capacetes. Era muito baixa e na verdade nos assustou um pouco. Foram uns intermináveis 45 minutos de muita expectativa e tensão, agravados pelo intenso movimentos de veículos na estrada.
As estradas, no geral, estavam em muito boas condições, salvo alguns locais onde estavam sendo recuperadas, mas de curto percurso. O destaque maior ficou por conta do trecho entre Paraná e Uruguaiana, onde a estrada se encontra em péssimo estado de conservação, com buracos e desníveis, nos impondo cuidados redobrados e baixa velocidade, tanto para nossa segurança quanto para preservação das motos.
Os hotéis, quase que na totalidade, de muito boa qualidade, pois alguns habitualmente nos hospedamos e já conheciamos, porém, o de San Pedro de Atacama se destacou pelas precárias condições. Em verdade nem se trata de hotel, mas sim de um Loadge. Apesar do colchão ser muito bom, o que nos permitiu um bom descanso, a estrada de acesso é terrível, de rípio, cruzando um rio sem água, mas recheado de britas, inclusive até dentro do Loadge, que faziam as motos dançarem e nos obrigou a ter muita cautela, sob pena de "compramos um terreninho" por lá. Todos tensos, mas chegamos e saímos bem.
A razão de pegarmos este Loadge é que a cidade estava em festa, com uma maratona em andamento e os hotéis totalmente lotados. Foi o que nos sobrou, mas no final valeu....
As motos se comportaram muito bem, sem nenhum problema, salvo a do Alexandre que por estar com um parafuso de um dos polos da bateria frouxo, impedia que a mesma recebesse carga suficiente, o que foi resolvido ainda na aduana de San Pedro, no retorno, graças ao expert Sergio.
O grande destaque foi o grupo: Sergio e Celise, Alfredo e Jeana, Décio e Neia e Alexandre (Road Captain).
A tônica maior foi a amizade, a compreensão, o compromisso, o zelo de uns para com os outros, a descontração e o bom humor ainda nos momentos mais tensos e de cansaço. Antecipadamente já esperavamos que fosse assim devido ao bom caráter de todos os viajantes.
Daí a importância em selecionarmos com quem viajamos, sob pena da viagem se tornar um inferno estressante.
A este grupo de amigos que tive o especial privilégio e a honra de ser convidado para acompanhá-los nesta viagem, o meu sincero agradecimento.
A nota da viagem foi 10 com elogios.
Um registro especial que faço, foi o fato de juntamente com o amigo Décio, termos sido aceitos na Confraria do Fim do Mundo, cujo batismo se deu na Salário Grande/Arg. Sinto-me honrado e agradecido e agora, ainda mais comprometido de ir, em breve, "al Fin del Mundo". Obrigado pessoal!
Sendo assim, agradecemos aos amigos que fizemos durante a viagem, as pessoas com quem cruzamos e nos deram atenção, orientação e sugestões e aos amigos e "garupas cibernéticas" que sempre nos acompanham através do site.
Ao amigo Juan Gutierrez, que não tive oportunidade de cumprimentar pessoalmente, mas que em Salta, atendendo a um mail que lhe fiz, se preocupou em nos noticiar sobre as condições em que se encontrava o Paso de Jama, devido a chuva e o frio.
Um agradecimento muito especial ao casal amigo, Robert e Mónica, ele que nos encontrou na aduana entre Tocopilla e Iquique e nos guiou até esta última, reservando hotel para o grupo, nos hospedando (Alexandre e eu) em sua residência e nos ciceroneando e nos transportando em seus automóveis para todos os lados e nos mostrando o melhor da cidade.
Nos levaram a ZOFRI (Zona Franca) onde as "queridas" fizeram a festa.
Abdicaram de seus afazeres para ficarem conosco todo tempo. Esperamos em uma breve oportunidade poder retribuir-lhes a atenção e o carinho que nos dedicaram.
Por último e com toda relevância, agradecemos a DEUS pela oportunidade de podermos uma vez mais desfrutar daquilo que é a nossa paixão, o motociclismo, bem como a nossos familiares, que entendem e aceitam nossas ausências temporárias, mas sabem que onde estivermos e por onde andarmos, sempre os teremos conosco, a todo tempo, em nossos corações.
Aceitem todos nosso mais forte e fraternal abraço e até uma próxima viagem, "que já está no forno"....
Somos irriquietos e itinerantes por natureza,
César